"sobre fazer um diário.
é superficial entender o diário apenas como um receptáculo dos pensamentos privados, secretos, de alguém - como um confidente que é surdo, mudo e analfabeto. no diário eu não apenas exprimo a mim mesma de modo mais aberto do que poderia fazer com qualquer pessoa; eu me crio.
o diário é um veículo para o meu sentido de individualidade. ele me representa como emocional e espiritualmente independente. portanto (infelizmente) não apenas registra minha vida real, diária, mas sim - em muitos casos - oferece uma alternativa para ela."
susan sontag em diários (1947-1963)